segunda-feira, 14 de abril de 2008

FAROL
26/05/2003. 12º Dia – Segunda

Farol
Deitado na varanda
... me cobri de estrelas
Um manto de diamantes
Logo acima de mim
Não sinto frio
Apesar do vento gélido
Nada pode me abalar
Parado
Abstraio o mundo
E o observo
Retorno ao meu corpo
E o observo
Nem tão perto
Nem tão distante
E você vem até mim
Ilumina
E se deixa apagar
No alto
Tocando o céu como uma entidade divina
Farol
Torre de sol
Solitário
Sobre as rochas
Desponta imponente efígie de luz

Sozinho
Às vezes acompanha os que passam
Mas nunca segue viagem
Triste é a vida
Daquele que nasce para ter saudade
Daqueles que têm luz própria
Mas não podem seguir
Estagnado
Estalagmite luminosa
Irá morrer aonde nasceu
E mesmo assim
Triste e gentil
Continua a iluminar
O caminho dos que se vão diante de ti.

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