segunda-feira, 14 de abril de 2008

ORA

Ora
Para quê tempo?
Vivemos...?
Ou somos cronometrados
Para um dia chegar à morte?
Vivemos...?
Ou somos dissecados
Em horas, minutos e segundos?
O mundo gira?
Ou corre para encontrar o seu outro lado?
Na busca alucinada pela vida
Quem vale é quem têm?
E para quê ter
... se temos e não sabemos para quê?
Cultivamos o agora
Mas não vejo a hora
Aliás, nem quero mais vê-la
Quero acordar com o sol
E dormir com a lua
Trabalhar
Para poder descansar
Comer quando sentir fome
Beber quando sentir sede
Sentir presente mesmo quem está ausente
Viajar
E novamente ao anoitecer
Olhar as estrelas
Ouvir o barulho do mar
Isso me faz feliz
Tudo agora faz sentido
E espero que não espere
Para o que não tem hora para acabar...

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